domingo, 5 de dezembro de 2010

Intertextualidade entre o Auto da Compadecida e Auto da Barca do Inferno



Verificamos que Auto da Compadecida apresenta os seguintes elementos que permitem a identificação de sua participação num determinado estilo de época da evolução cultural brasileira. O texto propõe-se como um auto. Dentro da tradição da cultura de língua portuguesa, o auto é uma modalidade do teatro medieval, cujo assunto é basicamente religioso. Assim o entendeu Paula Vicente, filha de Gil Vicente, quando publicou os textos de seu pai, no século XVI, ordenando-os principalmente em termos de autos e farsas. Essa proposta conduz a que a primeira intenção do texto está em moldá-lo dentro de um enquadramento do teatro medieval português, ou mais precisamente dentro das perspectivas do teatro de Gil de Vicente, que realizou o ideal do teatro medieval um século mais tarde, isso no século XVI, portanto, em plano Quinhentismo. O texto propõe-se como resultado de uma pesquisa sobre a tradição oral dor a romanceiros e narrativas nordestinas, fixados ou não em termos de literatura de cordel. Propõe, portanto, um enfoque regionalista ou, pelo menos, organiza um acervo regional com vistas a uma comunicação estética mais trabalhada.
Podemos constar em vários aspectos as semelhanças, na hora do julgamento o dia do juízo final; Os dois propõe um auto cujo o assunto é basicamente religioso; Maria Santíssima  tem haver com o papel do Anjo bom; Diabo tem a ver com o papel do Anjo mal não devemos deixar de citar claro que nos dois autos essa uma parte muito interessante pois o dialogo e a disputa do dois; mulher do padeiro te haver com o papel da Alcoviteira; Antõnio Morais tem haver com o papel do Fidalgo; Bispo tem haver com o Ozeneiro; padeiro tem haver com o Sapateiro por causa de ambos serem comerciantes ao mesmo tempo ele se assemelha com o Frade pois, sua esposa se parece com o personagem da Alcoviteira;  o Parvo se assemelha com João Grilo pois, o Parvo anima o local assim o tal; o Enforcado se assemelha com o Cangaceiro pois os dois tiveram uma vida ruim na terra.Podemos observar ainda que existem muitas semelhanças, porem não devemos levar ao extremo essa comparação já que no Auto da Compadecida  todos se salvam penso que autor quer dizer que todos tem direito ao perdão, e no Auto da Barca do Inferno somente um se salva.

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