terça-feira, 10 de maio de 2011

Anjos da Morte

Os anjos da morte chegam, para assobiar em meus ouvidos, sinto que a hora esta não tão distante quanto eu imaginava, essa hora está bem próxima. Os anjos vai e vem tem dia que cantam canções fúnebres mais longas outros só um sussurro, outros só assoviam, os anjos da morte não me causam medo pois é isso que eu desejo espero ansiosa, e no fundo, e no fundo sei muito bem que eles vem por os chamo por que eu os desejo, em companhia de minha alma, eles sentem meus desespero, minha insatisfação de existi, minha penúria passada minhas lágrimas diarias minhas ansiais não sentidas não ouvidas, doce Anjo da Morte venha me levar em suas asas cantar canções sombrias até meu embranquecer ate minha vida e ir, ate jogarem flores em mim e lágrimas tenho certeza não vou ter pois, não se importam com meus sentimentos pequenos jogam e pisam em minhas esperanças. Anjo da morte vem me pegar pela mão bailar na imensidão, arrancar me desse corpo pequeno, decrepto, incapaz, tão, tão imortal...

Nada mais...

Nada mais me importa se a morte, me atordoar se as luzes do amanhecer não chegam, quero ficar só na escuridão pois, foi isso que escolheram para mim a escuridão, mentiras, danos inseparáveis, desejos repreendidos e refugiados na alma, que iluminada e alegre se tornou escura e crepuscular, não enxergo outras soluções  Nada mais me importa pois, ninguém entende o que sinto passo lágrimas que surgem dos erros do destino, se importante é isso tenho que  desejar a morte passar por rios sombrios, cheio de lágrimas para poder chegar a onde onde quer me levar.Nada mais me importa e minha tristeza só vai se acabar a solução só vai chegar, quando o Lord da Morte vim em fim me beijar.E me levar para o infinito onde talvez não sei eu possa realmente me encontrar.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Se Eu

Se eu pudesse pelo ao menos soubesse escrever bem, fugir de todas as mentiras que envolve minha vida, se eu pudesse falar para ele é isso estou aqui me ama assim ou nunca, se eu pudesse voltar no tempo e ficar ao lado de quem me ama realmente, pois a algumas partidas que não retornam, se eu pudesse dizer para todos que não sou da forma que eles acham e que meus sonhos tão infantis ainda permanecem em mim, se eu pudesse dizer a todos que um dia tive vontade morrer e pedi, se eu pudesse tocar alguem irreal e ser irreal assim!
Se eu pudesse seria mais feliz..

Frases Victor Hugo

...Era esboço também, nem por isso deixava de ser uma obra prima. Todo embrião de ciência tem esse duplo aspecto: monstro, como feto, maravilha, como germe.


É erro não distinguir. Não são bons os ódios absolutos.


Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar: após a filosofia, a ação é indispensável.


Mais facilmente se julgaria um homem segundo os seus sonhos do que segundo os seus pensamentos.


Iniciativa é fazermos o que está certo sem ser preciso que alguém nos diga para fazermos tal.


Amadurecer, morrer; é quase a mesma palavra.


Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Último beijo de Amor




A noite ia alta: a orgia findara. Os convivas dormiam repletos, nas trevas.
Uma luz raiou súbito pelas fisgas da porta. A porta abriu-se. Entrou uma mulher vestida de negro. Era pálida, e a luz de uma lanterna, que trazia erguida na mão, se derramava macilenta nas faces dela e dava lhe um brilho singular aos olhos. Talvez que um dia fosse uma beleza típica, uma dessas imagens que fazem descorar de volúpia nos sonhos de mancebo. Mas agora com sue tez lívida, seus olhos acesos, seus lábios roxos, sues mãos de mármore, e a roupagem escura e gotejante da chuva, dissereis antes-o anjo perdido da loucura.
A mulher curvou-se: com a lanterna na mão procurava uma por uma entre essas faces dormidas um rosto conhecido.
Quando a luz bateu em Arnold, ajoelhou-se. Quis dar-lhe um beijo-alongou os lábios... Mas uma idéia a susteve. Ergueu-se. Quando chegou a Johann, que dormia, um riso embranqueceu-lhe os beiços: o olhar tornou-se-lhe sombrio.


Abaixou-se junto dele: depôs a lâmpada no chão. O lume baço da lanterna dando nas roupas dela espalhava sombra sobre Johann. A fronte da mulher pendeu-e sua mão passou na garganta dele.-Um soluço rouco e sufocado ofegou daí. A desconhecida levantou-se. Tremia, e ao segurar na lanterna ressoou-lhe na mão um ferro...Era um punhal...Atirou-o no chão. Viu que tinha as mãos vermelhas-enxugou-as nos longos cabelos de Johann...
Voltou a Arnold; sacudiu-o.
-Acorda e levanta-te!
-Que me queres?
-Olha-me: não me conheces?
-Tu! e não e um sonho? Es tu! oh! deixa que eu te aperte ainda! Cinco anos sem ver-te! Cinco anos! E como mudaste!
-Sim: já não sou bela como há cinco anos! É verdade, meu loiro amante! E que a flor de beleza e como todas as flores. Alentai-as ao orvalho da virgindade, ao vento da pureza-e serão belas.-Revolvei-as no lodo -e como os frutos que caem, mergulham nas águas do mar, cobrem-se de um invólucro impuro e salobro! Outrora era Giorgia, a virgem: mas hoje e Giorgia, a prostituta!
-Meu Deus! meu Deus!
E o moço sumiu a fronte nas mãos.
-Não me amaldiçoes, não!
-Oh! deixa que me lembre; estes cinco anos que passaram foram um sonho. Aquele homem do bilhar, o duelo a queima-roupa, meu acordar num hospital, essa vida devassa onde me lançou a desesperação, isto e um sonho? Oh! lembremo-nos do passado! Quando o inverno escurece o céu, cerremos os olhos; pobres andorinhas moribundas, lembremo-nos da primavera!...
-Tuas palavras me doem... E um adeus, e um beijo de adeus e separação que venho pedir-te; na terra nosso leito seria impuro, o mundo manchou nossos corpos. O amor do libertino e da prostituta! Satan riria de nos. E no céu, quando o túmulo nos lavar em seu banho, que se levantara nossa manha de amor. . .
-Oh! ver-te e para deixar-te ainda uma vez! E não pensaste, Giorgia, que me fora melhor ter morrido devorado pelos cães na rua deserta, onde me levantaram cheio de sangue? Que fora-te melhor assassinar-me no dormir do ébrio, do que apontar-me a estrela errante da ventura e apagar-me a do céu? não pensaste que, após cinco anos, cinco anos de febre e de insônias, de esperar e desesperar, de vida por ti, de saudades e agonia, fora o inferno ver-te para deixar-te?
-Compaixão, Arnold!É preciso que esse adeus seja longo como a vida. Vês, minha sina e negra: nas minhas lembranças há uma nódoa torpe. . Hoje! e o leito venal...Amanhã!... só espero no leito do túmulo! Arnold! Arnold!
-Não me chames Arnold! chama-me Artur como dantes. Artur! não ouves? Chama-me assim! Há tanto tempo que não ouço me chamarem por esse nome! .. Eu era um louco! quis afogar meus pensamentos, e vaguei pelas cidades e pelas montanhas deixando em toda a parte lágrimas-nas cavernas solitárias, nos campos silenciosos, e nas mesas molhadas de vinho! Vem, Giorgia! senta-te aqui, senta-te nos meus joelhos-bem conchegada a meu coração. . . tua cabeça no meu ombro! Vem! um beijo! quero sentir ainda uma vez o perfume que respirava outrora nos teus lábios.-Respire-o eu e morra depois!. . . Cinco anos! oh! tanto tempo a esperar-te, a desejar uma hora no teu seio!... Depois... escuta...tenho tanto a dizer-te! tantas lágrimas a derramar no teu colo! Vem! e dir-te-ei toda a minha historia! minhas ilusões de amante e as noites malditas da crápula, e o tédio que me inspiravam aqueles beiços frios das vendidas que me beijavam! Vem! contar-te-ei tudo isso: dir-te-ei como profanei minh'alma, e meu passado: e choraremos juntos-e nossas lágrimas nos lavarão como a chuva lava as folhas do lodo!
-Obrigado, Artur! obrigado!
A mulher sufocava-se nas lagrimas, e o mancebo murmurava entre beijos palavras de amor.
-Escuta, Artur, eu vinha só dizer-te-adeus!- da borda do meu túmulo: e depois contente fecharia eu mesma a porta dele. . Artur, eu vou morrer!
Ambos choravam.
-Agora vê, continuou ela. Acompanha-me: vês aquele homem?
Arnold tomou a lanterna.
-Johann! morto! sangue de Deus! quem o matou?
-Giorgia. Era ele um infame. Foi ele quem deixou por morto um mancebo a quem esbofeteara numa casa de jogo. Giorgia a prostituta vingou nele Giorgia, a virgem. Esse homem foi quem a desonrou! desonrou-a, a ela que era sua irmã!!
-Horror! horror!
E o moço virou a cara e cobriu-a com as mãos.
A mulher ajoelhou-se a seus pés
-E agora adeus! adeus que morro! não vês que fico lívida, que meus olhos se empanam e tremo... e desfaleço?
-Não! eu não partirei. Se eu vivesse amanha haveria uma lembrança horrível em meu passado...
-E não tens medo? Olha! e a morte que vem! e a vida que crepúscula em minha fronte. não vês esse arrepio entre minhas sobrancelhas?. . .
-E que me importa o sonho da morte? Meu porvir amanha seria terrível: e a cabeça apodrecida do cadáver não ressoam lembranças; seus lábios gruda-os a morte: a campa e silenciosa. Morrerei!
A mulher recuava. . . recuava. O moço tomou-a nos braços, pregou os lábios nos dela. . Ela deu um grito, c caiu-lhe das mãos Era horrível de ver-se. O moço tomou o punhal, fechou os olhos, apertou-o no peito, e caiu sobre ela. Dois gemidos sufocaram-se no estrondo do baque de um corpo...
A lâmpada apagou-se.

ÁLVARES DE AZEVEDO

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Lembranças de morrer

Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.

Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

Como o desterro de minh'alma errante,
Onde o fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.

Só levo uma saudade - é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas ...
De ti, ó minha mãe! pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!

De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos - bem poucos - e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.

Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!

Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta destes flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar dos teus amores.

Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo ...
Ó minha virgem dos errantes sonhos ,
Filha do céu, eu vou amar contigo!

Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!

Mas quando preludia ave d'aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos.
Deixai a lua pratear-me a lousa! 





Álvares de Azevedo


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A merda pode virar uma linda Árvore

Ocultamente digo, secretamente a vocês, que pensamentos de morte não me abominam, e que toma conta a cada dia de fraqueza, e de utopia não alcançada, não tenho medo dizer e penso bem que se o paraíso for como o falado quero morrer logo viver o resto da eternidade sem fazer exatamente nada, sou leiga no assunto pois, nunca morri, mas, se o deus da morte sendo grego ou romano não demora a mi levar.É apenas uma confissão de que muitos do meus problemas não tem solução, e que so a morte poderia resolver é talvez não sabe.
Cheguei em uma conclusão de que, a solidariedade humana  não existe e de que, se você não tem dinheiro você é uma merda, uma merda bem pequena que ninguém nota.Mas na realidade não posso morrer, apesar dos pensamentos pois, A MERDA LEVA POEIRA ADUBA E DEPOIS DELA NASCE UMA LINDA ÁRVORE, QUE NEM O VENTO MAIS FORTE PODE DERRUBAR!