quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
 

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
 

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
 


Carlos Drummond de Andrade

UM BELO ANO NOVO PARA TODOS!



segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

UM PRONOME HERÓI!!!!!!!!!!!

Quem diria: um pronome indefinido salvou a vida de Ulisses num clássico episódio da não  menos clássica  Odisséia, de Homero. "Ninguém" foi o nome que o herói  se deu  ao apresentar -se ao ciclope Polifemo.O gigante, que havia  trancado Ulisses e seus companheiros numa caverna para devorá-los, acabou  tendo seu olho vazado pelo guerreiro.Como monstro viesse numa comunidade de cavernas próximas, começou a gritar por socorro, dizendo "Ninguém me feriu! Ninguém vazou meu olho!E, com isso, os outros monstros se dispersaram, já que "ninguém" tinha ferido Polifemo
Autor: Luiz Roque

sábado, 25 de dezembro de 2010

Visão de mundo


Lembro-me como se fosse hoje meu primeiro dia de aula, foi uma aula ótima com uma turma cheia. Neste primeiro dia  a professora que eu não me lembro mais o nome nos ensinou o que é paradigmas educacionais e concepções de educação.
            Quando  a visão de mundo é compartilhada, isto é, quando, em uma época,em uma sociedade ou em uma cultura, há  um consenso para explicar os acontecimentos ,responder aos questionamentos da época e definir os modos de agir das pessoas, dizemos que um paradigma esta em construção. Portanto, para constituir um paradigma é preciso que exista um consenso de idéias, de valores e processos sociais

Merri Kurisumisu* "em japonês em?"

Um desenho meu de 2006, estava começando a aprender a desenhar rostos!
Estava aprendendo, ficou meio borrado, mas, afinal  o que importa é a intenção.


Não quero pensar...

Sou eu..

Não quero pensar
o que tenho que fazer
como vou escrever,
 ou como me portar

Só quero sonhar,
Porque sonho é bom
Da a vida outro tom,
Basta respirar e se desligar.

Muitos mentem
Não entendem o que passa
Não entende o por que
Para que pensar e imaginar tanto

Não só um qualquer como ninguém
Pensaria poderia pensar que não pode
Sonhar quero que não me dêem regras
Para poder contar e expressar

Meu coração e indigno de sonhar tanto
Tanto quanto outros poetas e tentar Escrever igual pode ser
Não nem um pedaço igual

Não escrevo certo
Não falo de amor a ultimo caso
Não falo de coisas somente sonoras
Não falo de dois lados

Não minto só escrevo
O que quero
O que gosto
O que sonho
O que vejo
O que almejo
Sei La assim sou
Eu , eu sou assim
Meu
Jeito é
Assim
              Ca
                   da  verso um contexto!


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

MAIS UM DE NATAL!

PARA ISSO FOMOS FEITOS


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
(Vinícius de Moraes)

NATAL




O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o
som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto

(Fernando Pessoa)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os quatro cavaleiros e um funeral


1º: não sei o que é isso... Talvez isso alguma coisa me pareça. Ah agora entendi! Caiu aquela cabeça.
2º: mas essa história não começou assim! Essa história é de anos atrás... Esse é o fim
3º: fieis escudeiros... Veja ali... O que é aquilo?
1º: não sei parece um esquilo!
2º: espere vou ver na minha luneta é o funeral de um rei, toquem as cornetas.
1º: estamos aqui para celebrar, debaixo desta tempestade... A morte desta tão estimada majestade.
2º: vocês que chegaram primeiro... Vocês o conheciam, nobre cavaleiro?
4º: diga-me agora quem foi que matou o rei. Iremos-nos vingar... E sem a cabeça dele não voltarei!
Princesa: que momento triste, vou escrever um Raí – kai! Alguém nesse malvado reino matou papai!
3º: pois diga quem é nobre princesa porque nos iremos derrubaremos qualquer fortaleza!
Princesa: não tenho certeza, estou abrindo o meu pacote. Mas eu acho que foi o vilão, o vilão de Camelot!
Narrador: então eles chegaram ate Camelot, e foi o maior estouro, eles tiveram uma surpresa, umm gigante mais forte que um touro
Gigante: Alto lá, cavaleiros...
Aqui dentro vocês não entrar
Este portão é muito forte, vocês não conseguiram nunca passar!
1º Se você não abrir, nós vamos te atormentar, nos ficaremos aqui em baixo e começaremos a assoprar, assoprar!
3ºCavaleiros soprar!
Gigante: ah  meu Deus, eles conseguiram entrar, ai meu Deus que medo, eu vou cagar!!
1º Oh, Cavaleiro de Camelot! Nós te desafiamos para um duelo! Se você estiver com fome, aceita um marmelo?
Cavaleiro de Camelot: Oh meu amigo! Marmelo é coisa de pato! Podem vir de uma só vez, só acabarei com os 4!
Narrador: Essa foi a história.
Os cavaleiros se deram mal.
Essa foi a história os Cavaleiros e um funeral.

Memórias Póstumas de Brás Cubas

01-Síntese
Memórias Póstumas de Brás Cubas é uma narrativa em primeira pessoa, cujo narrador é o defunto-autor, ou seja, é um morto que narra a história com total liberdade. Essa condição do narrador permite-lhe analisar com ironia o comportamento humano e avaliar com auto-ironia suas próprias atitudes.
 Livre e descompromissado com a sociedade, Brás Cubas revela e analisa não só os motivos secretos de seu próprio comportamento como também põe a nu as hipocrisias e vaidades das pessoas com quem conviveu.
Ao longo da narração mostra vários episódios: sua paixão juvenil por Marcela, que amou durante quinze meses e onze contos de réis; sua amizade com o filósofo maluco Quincas Borba; os planos frustrados de seu pai em querer encaminhá-lo para a política; seus amores clandestinos com Virgília, esposa de seu amigo Lobo Neves.
 A ordem da narrativa não é linear, pois se desenvolve de acordo com os pensamentos de Brás Cubas. Suas reflexões apresentam-se carregadas de pessimismo e desencanto diante da vida, questiona os valores sociais e morais como máscaras para ocultar interesses egoístas.Irônico e provocador ele convoca o leitor a fazer seus próprios julgamentos sobre os fatos narrados.
 Brás Cubas expõe cinicamente os valores e comportamentos de seus familiares, de seus amigos e das mulheres com as quais se relacionou, traçando um quadro social e psicológico em linguagem bem humorada, em que a vaidade e a hipocrisia das relações humanas são uma constante. Julga a si próprio como um perdedor, como alguém incapaz de grandes realizações, como emplasto que gostaria de ter descoberto para aliviar as dores da humanidade.
 O balanço final de Brás Cubas sobre a existência é de pessimismo, pois depois de uma vida que resulta em fatos negativos, em fracassos, ele afirma ter tido um pequeno saldo; que foi o de não possuir filhos e não ter transmitido a nenhuma criatura o legado da miséria.



02- Exemplos comentados de metalinguagem
“Cresci; e nisso é que a família não interveio; cresci naturalmente, como crescem as magnólias e os gatos. Talvez os gatossão menos matreiros, e, com certeza, as magnólias são menos inquietas do que eu era na minha infância. Um poeta dizia que o menino é pai do homem. Se isto é verdade, vejamos alguns lineamentos do menino.”

Ele tenta explicar seu o ato de crescer com exemplos


Começo a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente,
expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade.
Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo,
porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu
amas a narração direita e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os
ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu,
escorregam e caem...
E caem! — Folhas misérrimas do meu cipreste, heis de cair, como”

Ele passa para o leitor seu ponto de vista sobre o que veio escrevendo





03-Intertextualidade
“Entre a morte do Quincas Borba e a minha, mediaram os sucessos narrados na primeira parte do livro”

Comparação da morte acontecida no inicialmente de Quincas Borbas com o de
Memórias de Póstumas, o que é muito interessante pois se trata da obra do mesmo autor.


“foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; foi assim que me encaminhei para o undiscovered country de Hamlet”

O autor faz uma comparação da vida dele com obra de Shakespeare  Hamlet.


“Por exemplo, Suetônio deu-nos um Cláudio, que era um simplório, — ou “uma abóbora” como lhe
chamou Sêneca, e um Tito, que mereceu ser as delícias de Roma. Veio modernamente um professor e
achou meio de demonstrar que dos dois césares, o delicioso, o verdadeiramente delicioso, foi o “abóbora”
de Sêneca. E tu, madama Lucrécia, flor dos Bórgias, se um poeta te pintou como a Messalina católica,
apareceu um Gregorovius incrédulo que te apagou muito essa qualidade, e, se não vieste a lírio, também
não ficaste pântano. Eu deixo-me estar entre o poeta e o sábio.”

Neste trecho ele já traz uma referencia as obras Romanas  consegui acrescentar e encaixar dentro do sua narrativa essa comparação.


04-Conclusão

É a obra que inaugura o Realismo no Brasil. Quem conduz o romance é um defunto-autor que, depois de sua morte, decide narrar um livro   a historia  de sua vida. Como esta morto Brás Cubas pode contar o que quiser sem se preocupar com a opinião alheia. Desse modo Machado de Assis conseguiu combinar ironia, pessimismo e uma dose de humor em sua observação critica do comportamento do ser humano

Intertextualidade entre o Auto da Compadecida e Auto da Barca do Inferno



Verificamos que Auto da Compadecida apresenta os seguintes elementos que permitem a identificação de sua participação num determinado estilo de época da evolução cultural brasileira. O texto propõe-se como um auto. Dentro da tradição da cultura de língua portuguesa, o auto é uma modalidade do teatro medieval, cujo assunto é basicamente religioso. Assim o entendeu Paula Vicente, filha de Gil Vicente, quando publicou os textos de seu pai, no século XVI, ordenando-os principalmente em termos de autos e farsas. Essa proposta conduz a que a primeira intenção do texto está em moldá-lo dentro de um enquadramento do teatro medieval português, ou mais precisamente dentro das perspectivas do teatro de Gil de Vicente, que realizou o ideal do teatro medieval um século mais tarde, isso no século XVI, portanto, em plano Quinhentismo. O texto propõe-se como resultado de uma pesquisa sobre a tradição oral dor a romanceiros e narrativas nordestinas, fixados ou não em termos de literatura de cordel. Propõe, portanto, um enfoque regionalista ou, pelo menos, organiza um acervo regional com vistas a uma comunicação estética mais trabalhada.
Podemos constar em vários aspectos as semelhanças, na hora do julgamento o dia do juízo final; Os dois propõe um auto cujo o assunto é basicamente religioso; Maria Santíssima  tem haver com o papel do Anjo bom; Diabo tem a ver com o papel do Anjo mal não devemos deixar de citar claro que nos dois autos essa uma parte muito interessante pois o dialogo e a disputa do dois; mulher do padeiro te haver com o papel da Alcoviteira; Antõnio Morais tem haver com o papel do Fidalgo; Bispo tem haver com o Ozeneiro; padeiro tem haver com o Sapateiro por causa de ambos serem comerciantes ao mesmo tempo ele se assemelha com o Frade pois, sua esposa se parece com o personagem da Alcoviteira;  o Parvo se assemelha com João Grilo pois, o Parvo anima o local assim o tal; o Enforcado se assemelha com o Cangaceiro pois os dois tiveram uma vida ruim na terra.Podemos observar ainda que existem muitas semelhanças, porem não devemos levar ao extremo essa comparação já que no Auto da Compadecida  todos se salvam penso que autor quer dizer que todos tem direito ao perdão, e no Auto da Barca do Inferno somente um se salva.

Meu TCC só um pedaço "Correção"


A CRÔNICA NA REGIÃO DE CARATINGA: uma visão comparativa 1959 e 2010


RESUMO: Este documento no qual apresentamos, tem como objetivo fazer uma comparação  na região de Caratinga com o intervalo de 60 anos vamos analisar as mudanças lingüísticas e textuais de duas obras uma de Ruy Barbosa Castro Filho e outra de Eugênio Maria Gomes ambos cronistas da região , e assim poder compreender melhor a produção de crônica em nossa região.

Palavras Chave: Crônica, Comparação

A região de Caratinga tem o imenso prazer em ter em sua historia dois cronistas de trabalho tão notável, são crônicas pequenas e simples, mas de imenso valor literário, o intuito deste trabalho além da visão comparativa é de valorizar e conhecer, a raridade como a crônica de Ruy Barbosa Castro Filho e a inovação de Eugenio Maria Gomes.
A partir desse trabalho de caráter preliminar, pode-se confirmar que as crônicas por serem de tempos distintos ocorre uma diferença, pois a crônica retrata o dia a dia da sociedade sendo uma de 1959 e outra de 2010Enquanto as analises em níveis gramaticais podemos constar que a diferença maior esta no aspecto fonológico, pois,Gomes utiliza mais deste recurso, sendo característica do próprio autor, em demais níveis os dois autores se identificam. Em termos de enredo a crônica de Ruy foi criada em cima de uma reportagem de um fato já ocorrido, Gomes cria seu próprio enredo. Um cronista necessita de uma visão literária do cotidiano muito forte, ou seja, transformar problemas corriqueiros e fatos do cotidiano em literatura, o cronista tem uma sensibilidade no contato da realidade, consegue com brevidade e uma dose de lirismo expressar todos seus sentimentos em forma de literatura. Por isso deve- se cada vez mais valorizar, pesquisar e principalmente mostrar aos outros, obras tão exime de nossa região.